11 de fevereiro de 2013

A busca

Quando morei em Niterói, durante o mestrado, dividi um apartamento com dois camaradas de turma: Wellington e Rodrigo. Lembro-me de, tarde da noite, ao ir à cozinha beber um copo de água, ver escapar pela soleira das portas fechadas de cada um de seus quartos a fina banda de luz amarela que transbordava para o corredor escuro do apartamento e indicava que os dois ainda estavam acordados, depois de meia-noite, estudando. Eu não podia me dar o luxo de dormir antes deles.

De uma outra forma, sou sempre estimulado pelo meu amigo Pedro a participar de outra bela competição silenciosa e sem fim: a literatura. Gosto de partilhar o imaginário dos livros que lemos em comum e de colocar na minha lista de leitura os que ele já leu. E cada vez que leio um livro de verdade, tenho vontade de que ele o leia também. Em busca do tempo perdido tem me dado as mais belas sensações afloradas pela palavra escrita.